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Rogerio Cavalcanti - 1952

(Belo Horizonte-MG-Brasil)

 

Criado no Rio de Janeiro em uma Ipanema ainda de bondes, que passavam na porta da casa de seu avô materno, o escritor Anibal Machado, Rogerio teve uma infância com bola, pião, pipa e férias na Baia de Sepetiba.

Em 1972, sem ainda saber o que ser e cursava a faculdade de administração de empresas, novos interesses foram despertados quando passou as vistas por algumas revistas gráficas estrangeiras na casa de amigos. Logo em seguida, frequentou os cursos de fotografia da PUC e no ano seguinte as Oficinas de Formas no Plano do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, no projeto gráfico com Aluísio Carvão e na pintura com Sérgio Campos Mello.

 

Na busca de aprender uma linguagem plástica, experimenta vários caminhos e simultaneamente começa a desenvolver trabalhos gráficos como design e mais tarde como diretor de arte, quando seguidamente exerce essas funções, em uma gráfica, num escritório de programação visual, agências de ­publicidade e uma editora.

 

Em 1978, entra para a Oficina de Gravura do Ingá, em Niterói-RJ, levado pela cenógrafa e gravadora Anna Letycia Quadros. Lá, começou sua experiência profissional ao fazer parte daquela inquieta oficina coletiva, com professores vindos da Europa e Estados Unidos e colegas e mestres brasileiros. Começa então a participar de exposições e salões nacionais e internacionais. Um ano depois, vai para Londres cursar o Advanced Printmaking no Croydon College of Art and Design, experimentando vários tipos de mídias que a escola oferecia, desde a pintura, fotografia, encadernação e até carpintaria, mas principalmente a gravura, com todas as suas técnicas e variações. Com trabalhos feitos nesse tempo participa da Mostra Internacional de Desenhos na Iugoslávia e da Bienal de Ibiza com gravura em metal.

 

Na volta de Londres funda com os gravadores Valério Rodrigues e Solange Oliveira o Atelier de São Conrado. Depois, já com um grupo maior de artistas, desenhistas e pintores de diferentes tendências, formam o Atelier 78, em Botafogo-RJ. Com os ares da época impregnado pela Geração 80, seu desenho foi ganhando comportamento e dimensão de pintura. Influenciado por aquela atmosfera, começa a dividir o tempo das chapas de impressão com as das telas de pintura. Fez então sua última exposição individual de gravura dando depois um descanso nos metais, na prensa e nos ácidos.

 

Já nos anos noventa a pintura se tornou seu principal interesse, com uma produção principalmente abstrata expressionista e gestual, trabalhando direto na tela sem esquemas prévios, surgindo interessantes resultados de cor e matéria, transparências e texturas que determinaram suas composições livres e subjetivas, como que fugindo da rigidez da gravura e encontrando sua linguagem neste universo. 

 

Nesta época retorna tambem as assemblages que fazia no começo dos anos 70, usando panelas, tubos, pipocas e começa a se utilizar de objetos e ferragens usadas. Porcas, pregos, furadeira, arame e parafusos, passam a fazer parte de seu universo paralelo e tomam conta do seu fazer, instalando, transformando, juntando, apropiando, colando, em peças com diferentes dimenções e suportes indeterminados, como uma necessária oficina.

 

Ultimamente vem trabalhando com placas e objetos onde pode-se perceber a memória dos brinquedos feitos com restos de construção que fazia na infância. Se utilizando de coisas usadas, com vivência, recolhidas ao acaso em diferentes locais e depois reagrupadas com destilada ironia, fala sobre suas experiências reais e imaginárias, com intenção de dar a elas, ênfase e novas leituras.

 

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Rogerio Cavalcanti - 1952

(Belo Horizonte-MG-Brazil)

 

Created in Rio de Janeiro in a Ipanema even trams, passing the door of the house of his maternal grandfather, the writer Anibal Machado, Rogerio had a childhood with ball, spinning, kite and holidays in Sepetiba Bay.

In 1972, without even knowing what is and was attending business administration college, new interests were aroused when he passed the views by some foreign graphic magazines in the home of friends. Soon after, he attended the PUC photography courses and the following year Forms workshops in Plan Museum of Modern Art, Rio de Janeiro, in graphic design with Aluísio Carvão and painting with Sergio Campos Mello.

 

In seeking to learn a visual language, experiences various ways and simultaneously begins to develop graphic works as design and later as an art director, when then performs these functions in a graphic, a visual programming office, advertising agencies and publishing .

 

In 1978, he joined the Inga Engraving Workshop, in Niterói, RJ, led by scenographer and engraver Anna Letycia Quadros. There, he began his professional experience to be part of that restless collective workshop with teachers coming from Europe and the United States and Brazilian colleagues and teachers. then starts to participate in exhibitions and national and international exhibitions. A year later, going to London attending the Advanced Printmaking at Croydon College of Art and Design, experimenting with various types of media that the school offered, from painting, photography, bookbinding and even carpentry, but mostly the picture, with all its technical and variations. With work done in this time participates in the International Exhibition of Drawings in Yugoslavia and Ibiza Biennial with engraving.

 

In around London founded with the engravers Valerio Rodrigues and Solange Oliveira Atelier de São Conrado. Then, as with a larger group of artists, designers and painters of different tendencies, form the Atelier 78, in Botafogo-RJ. With the air of the time impregnated by Generation 80, its design was taking way and size painting. Influenced by that atmosphere, it begins to divide the time of printing plates with the artboards. then he made his last solo exhibition of engraving after giving a rest in metals, in the press and acids.

 

Already in the nineties painting became his main interest, with a mostly abstract production expressionist and gestural working straight in without previous schemes screen, appearing interesting color results and matter, transparencies and textures that determined their free and subjective compositions, such as that fleeing engraving stiffness and finding your language in this universe.

 

At this time also it returns the assemblages that was in the early 70s, using pots, tubes, popcorn and starts to use objects and hardware used. Nuts, nails, drill, wire and screws, become part of its parallel universe and take care of your making, installing, turning, joining, apropiando, pasting, parts with different measurements and indeterminate supports, as a necessary workshop.

 

Lately has been working with boards and objects where one can see the memory of toys made with construction debris that was in childhood. If using used things, with experience collected at random in different locations and then regrouped with distilled irony, talks about his real and imaginary experiences, intending to give them emphasis and new readings.

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